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segunda-feira, maio 15, 2006

.pedro abrunhosa















"Sentes que o corpo vence, Sentes o chão estreito, Dizes que o mundo não pára, Balança no teu peito. Sentes que as mãos são asas, Que tudo o resto é céu, Voas os olhos fechados, Num tempo que é só teu. E tudo à volta dá vontade de partir, De encontrar alguém Também pronto a fugir, Sair daqui. Em qualquer lugar É bom p’ra estar Longe do mundo, Em qualquer lugar É bom p´ra estar, P´ra fugir do fundo. Sentes que a noite acaba Perto da solidão, Vês o prazer dos outros E vais dizendo não. Sentes o vento na cara Como a primeira vez E ao tocares-te na pele Descobres quem tu és. E tudo à volta dá vontade de partir, De encontrar alguém Também pronto a fugir, Sair daqui."